Angelica Hoffler
Psicanalista
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O desejo, para a Psicanálise, é
sempre Inconsciente. Ele atravessa o corpo, as ações, os relacionamentos, a
maneira de ver o mundo, a existência. Relendo o seminário X, de Jacques Lacan,
ele diz : “Não lhes desenvolvo uma psico-logia, um discurso sobre a realidade
irreal a que chamamos psique, mas sobre uma práxis que merece um nome:
erotologia. Trata-se de desejo. E o afeto através do qual somos solicitados,
talvez, a fazer surgir tudo o que este discurso comporta como consequência para
a teoria dos afetos, consequência não geral, mas universal, é a angustia” (p.
24)
Angustia e desejo estão na
relação que psicanalistas e pacientes tem entre si. “Existe uma relação essencial
entre angustia e desejo do Outro” (p. 14). Poupar o paciente da angustia pode
significar poupar a si mesmo, como analista, deste afeto. E isso não passa inconsequente
na relação analítica.
Além disso, é comum o paciente
chegar ao setting com uma queixa: problemas no trabalho, no relacionamento, um
luto...A Psicanálise vai além disso. Rumo ao desejo. É erotologia. A queixa
está relacionada à demanda. E fazer o giro da demanda ao desejo nem sempre é
fácil. Implica subjetividade, existência, trabalho psíquico e responsabilidade.
Duas questões, dentre outras,
devem estar sempre presentes na formação do analista e em sua prática. A
primeira foi citada por Sergio Luis Braghini e a segunda por Sandra Berta:
1. Em
relação ao paciente: o que quer saber sobre o teu desejo?
2. Em
relação ao analista: o que sabe sobre teu desejo?